Em 11 de janeiro de 2023, a Americanas (AMER3) divulgou que estaria sofrendo um momento de “inconsistência contábil”, no valor aproximado de 20 bilhões de reais. Em decorrência deste comunicado suas ações sofreram considerável queda de 77%, bem como o seu valor de mercado que também sofreu com as consequências do declínio, passando de valor próximo a 10 bilhões de reais, para a casa de aproximados 783 milhões de reais, atualmente.
A Americanas teve seu processo de Recuperação Judicial deferido pela justiça, no mês de dezembro de 2023, após fechar acordo com parte de seus credores. Seu atual objetivo é superar a fase de crise econômica financeira pela qual está passando, utilizando-se dos recursos da Recuperação Judicial, dentre elas a suspensão de prazos, alongamento de pagamento de dívidas com possibilidade de expansão dos parcelamentos, e o deságio, que trata de um desconto aplicável sobre débitos a serem pagos, de acordo com as condições previstas no plano de recuperação judicial.
A varejista dá passos em seu processo de recuperação judicial buscando reconquistar aquilo que já foi um dia, mas ainda parece estar longe disso. As redes de lojas físicas da companhia encolheu 6,5%, caindo de 1.882 unidades em dezembro de 2022 para 1.759 pontos até novembro de 2023. A empresa viu o número de clientes ativos encolher em mais de 7,5 milhões nesse período. O evento afetou até o mercado de trabalho. A rede tinha 44 mil funcionários antes da crise. Agora, o quadro de colaboradores encolheu 23% para 33,8 mil trabalhadores.
A empresa teve seu plano de recuperação judicial aprovado pelos acionistas em dezembro de 2023, contando com a adesão dos detentores de 97% da dívida concursal da companhia. O plano ainda precisa ser homologado pela Justiça e, a partir disso, a empresa terá dois anos para executá-lo.
O plano de recuperação judicial proposto contempla a venda da Natural da Terra e a aquisição de 70% da Uni.Co. “Com um plano de recuperação judicial factível e apoiado pelos principais credores e acionistas de referência, temos o caminho bem pavimentado para a reconstrução operacional e financeira da Americanas”, escreveu Leonardo Coelho, CEO da Americanas, em nota ao mercado
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